UMA VIAGEM DE MOTA EM AUTONOMIA PELAS SELVAS DA PENÍNSULA DO YUCATÃ
(MÉXICO, BELIZE, E GUATEMALA)

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Belize

Saimos de Placencia logo pela manha, assim que apareceram os primeros raios de sol. Placencia, é uma pequena vila costeira, balnear, com praias de areia branca e aguas cristalinas, que fica no fim de uma imensa península que corre paralela ao continente. A estrada que lhe dá acesso esta em obras, e sao mais de 30kms de pó e terra para chegar de novo a estrada de asfalto principal que da' acesso ao norte do Belize.

Pelo caminho um pequeno contratempo: a corrente da transmissao do Joao Rodrigues, já um bocado larga com tanto buraco e vala, salta em pleno andamento. Felizmente foi só o susto, porque a roda bloqueou, mas ele lá conseguiu segurar a montada sem cair. Depois de esticada, lá seguimos viagem ate Corozal, a norte, já perto da fronteira com Mexico.



Um pouco mais a frente, apanhamos mais uma longa pista de terra batida. Esta faz-nos lembrar as grandes pistas africanas com selva cerrada de ambos os lados. Apesar da dificuldade e dureza apresentada pelo terreno, é aqui que nos divertimos mais (ou nao fossemos do Nomad's!).



Ao fim da tarde encontramos uma barraquinha de venda de agua de coco. Saciamos todos a sede enquanto damos conversa a um esfusiante personagem negro meio alcoolizado, chamado Chris Cross. Vem de um funeral, diz ele. Um amigo foi assassinado, deixaram-lhe um buraco enorme na cabeca e cortaram-lhe uma perna com uma catana. O Belize já nao é o que era dantes, diz ele. Agora sao outros tempos e é muito perigoso. Despedimos-nos do Chris, que ainda grita "Yo Mon, One Love! I love Bob Marley, Mon!", e seguimos para norte para Corozal.

Corozal tem pouco encanto. Uma pequena vila degradada cujo unico interesse é a diversidade de etnias a viver em conjunto sem problemas. Existem muitos chineses, o que é estranho para esta parte do mundo, mas podemos ver restaurantes, lavandarias e até net-cafés chineses por todo o lado. Ficamos no primeiro hotel que vimos. Nao era caro e era apresentável.

Sao 6 horas da tarde, já está escuro e parece nao haver nada aberto, nem nada para fazer. Fomos dormir. Acho que já há muito tempo que nao me deitava tao cedo (se é que alguma vez me deitei a essa hora).

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