UMA VIAGEM DE MOTA EM AUTONOMIA PELAS SELVAS DA PENÍNSULA DO YUCATÃ
(MÉXICO, BELIZE, E GUATEMALA)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Uxmal - A Poderosa Metrópole

Hoje o dia promete. Acordámos bem cedo e dirigimo-nos à entrada de Uxmal. Aí Tomamos um excelente pequeno almoco num hotel de luxo nas imediacoes das ruinas. Nesse mesmo sitio acabamos por conhecer o Jorge, um guia local, que se revelou a altura, revelando-nos todos os segredos do local ao longo de uma visita de quase 2H.

Uxmal é um dos mais conhecidos sítios arqueológicos Maias e é considerada uma cidade típica deste povo. Com uma população estimada de cerca de 25.000 pessoas, foi uma das maiores cidades do Iucatão. A disposição dos edificios, que datam entre 700 e 1000, revela conhecimento de astronomia.

Entre os seus tesouros encontram-se a Pirâmide do Mágico, uma estrutura de quase 40 metros de altura, e o Quadrilátero das Freiras, assim chamado por se assemelhar a um pateo de um convento catolico.

Uxmal foi fundada por volta de 500 por Hun Uitzil Chac Tutul Xiu. Durante gerações Uxmal foi governada pela dinastia Xiu, era a cidade mais poderosa no oeste do Iucatão, e por pouco tempo em aliança com Chichén Itzá dominou toda a área norte maia. Algum tempo depois de 1200 (alguns anos depois da formação de Portugal) mais nenhuma grande construção foi feita em Uxmal, possivelmente relacionado com a caída da aliada de Uxmal, Chichén Itzá e a mudança do poder no Iucatão para Mayapan. Os Xiu mudaram a sua capital para Maní e a população de Uxmal caiu. A seguir à Conquista Espanhola do Iucatão (na qual os Xiu se aliaram com os espanhóis), documentos coloniais sugerem que Uxmal foi um sitio habitado com alguma importância até à volta de 1550, mas nenhuma cidade espanhola foi aqui construida e depressa Uxmal foi abandonada.




Uxmal impressiona pela sua dimensao e tipo de decoraçao das estruturas. Ao contrario do que vimos em Chichen Itza, aqui tudo e trabalhado e nada e feito ao acaso. Todas as decoracoes tem um proposito, representando varios conceitos maias com o inframundo (o nosso inferno), o supramundo (o nosso paraiso), os os deuses da chuva, do vento, e da fertilidade.


A maior parte dos edificios tem uma orientacao aos pontos cardeais, e por esse facto, o povo sabe quando a altura das colheitas ou das chuvas por observacao da sombra de um dado edificio sobre o outro (normalmente a 21 de Março e a 21 de Novembro, quando se dao os solstícios).

Na minha opiniao, Uxmal e de longe, muito mais bonito e imponente que Chichen.
Saídos de Uxmal, dirigimo-nos para a Costa, onde almoçamos uma mariscada numa esplanada em frente ao golfo do méxico, na companhia de Albatrozes e Corvos Marinhos.

Ao entardecer encontramos uma praia edílica onde decidimos ficar. A paisagem é de suster a respiracao. Palmeiras fazem sombra numa areia branca forrada de pequenas conchas.




No mar, de águas límpidas e transparentes, Albatrozes e Corvos marinhos disputam os pequenos peixes com algumas tartarugas marinhas.




Com o pôr do sol como cenário, tomámos um banho de mar fantástico, e de seguida esticamos as hamacas onde dormimos até ao dia seguinte. De manha fomos presenteados, com um sol radioso, e com um chilrrear tipico de uma floresta amazonica.





Depois do pequeno almoco, partimos para sul.. e ... apanhamos chuva durante as 8 horas seguintes, a temperaturas que atingiram os 7º. Ao fim da tarde encontramos um hotel numa pequena cidade, onde vamos pernoitar. O Joao acabou por comprar um par de galochas (a falta de barbatanas).

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