UMA VIAGEM DE MOTA EM AUTONOMIA PELAS SELVAS DA PENÍNSULA DO YUCATÃ
(MÉXICO, BELIZE, E GUATEMALA)

domingo, 14 de março de 2010

Chegamos a casa. Pelos menos os nossos corpos, porque as nossas cabeças ainda andam por lá. Este passeio foi em tudo excepcional: paisagens de perder a respiração, as pessoas que conhecemos pelo caminho, a experiencia de andar de mota em grupo, a convivencia destes 6 amigos aventureiros, a comida extra-picante, os mergulhos em aguas cristalinas e cheias de vida e acima de tudo, o facto de nao ter havido acidentes ou doenças subitas.

Poderam ver mais fotos aqui:

Fotos Miguel

Fotos Carlos

Fotos Fernando
Senha: lagarto

Agradeço aos meus amigos Carlos, Rui, Joe, Fernando e João, o previlégio de poder viajar com eles, e a todos os que nos acompanharam com entusiasmo através deste blog.

domingo, 7 de março de 2010

Tudo que e' bom tem de acabar...

Estamos de volta a Playa del Carmen, depois de uma rapida passagem por Tulum, para ver as ruinas do antigo porto de pesca maia, e de um almçco tipico mexicano, com sombrero e tudo.



A vila está animadíssima com o inicio do "Spring Break" norte americano. Há uma enchente de gente, que ocupa todos os estabelecimentos da 5ªavenida, desde lojas a restaurantes e centros de mergulho. A noite aqui nao pára! Ouvem-se sons de discoteca e de mariachis ate de manhã.



Ainda tivemos a sorte de ser presenteados com um excelente dia de praia. Água quentinha e temperatuas de mais de 25 graus, fizeram com que fechassemos este ultimo dia da nossa pequena aventura pelo Iucatão com chave de ouro.







Queremos agradecer a todos os que nos acompanharam através deste blog e nos fizeram chegar palavras de apreço, e de apoio, que nos ajudaram a suportar esta vida dura e difícil de conquistador ibérico.

Quero ainda fazer uma pequena correcao: segundo um nosso seguidor especialista em aves de papo grande, parece que não há por aqui albatrozes (parece que serão pelicanos) nesta zona do globo nem nos arredores, como foi referido em alguns posts do blog.



Mas como sou menino da cidade, já temos sorte em nao lhes chamar "gaivotas com bócio"!.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Mahahual - O Paraiso

Hoje dormimos quase 12 horas! Foi o descanso dos guerreiros. mesmo assim acordámos por volta das 7 da manha pouco depois ja estávamos na praca central de Corozal para levantar dinheiro na ATM local. Temos de pagar a ftonteira na saida do Belize.

A fronteira fica perto, e as diligencias alfandegárias fazem-se rápido. Um dos guardas do guichet ainda grita: "Portugueses? Cavaco Silva! Mário Soares!". Bem.. ao menos nao somos só conhecidos pelo Cristiano Ronaldo. Sim, porque do Figo já ninguem se lembra!

Uma rápida inspeccao as motas e bagagens e lá passámos a fronteira. 100 metros mais a frente tomámos o pequeno almoco: ovos mexidos, sumos naturais, torradas e café.. um luxo por tuta e meia.. nada mal para o comeco do dia...

Com a entrada no méxico, acabam com as saidas para fora de estrada. Atestamos as motos, e uma centena de kilometros mais a frentes encontramos um cenote chamado "cenote azul".

O cenote azul, como o nome indica é um cenote profundo de tons azuis que se encontra junto a Costa. A agua é impressionantemente límpida e consegue ver-se a muitos metros de profundidade. Algumas fotos e seguimos viagem até Mahahual, um pequeno aglomerado de hoteis, restaurantes e bares, que a semelhanca de Placencia (Belize) tambem se encontra numa peninsula, em frente a um atol.






A paisagem aqui tambem é de perder a respiracao e e bastante dificil descrever o que vemos. Em frente á praia de areia branca e fina (+/- 100m), existe uma barreira de coral que forma uma pequena lagoa com alguns palmos de profundidade. Essa mesma profundidade dá uma cor azul unica, tipica das praias tropicais. Um pequeno mergulho revela-nos milhares de peixes coloridos que vagueiam em cardumes, no meio das algas, corais, raias e enormes ouricos do mar.



Albatrozes fazem voos picados para dentro de agua na tentativa de apanhar alguns peixes. Com a agua quente como sopa, e num paraiso como este... nao parece que vamos voltar tao cedo :-).


Sao 15h e alguem se lembra de perguntar se o Catamaran parado a beira da agua é para alugar. Sim. Alugam-no a hora, e perguntam-nos se sabemos velejar: "Claro.. se somos portugueses! Se descobrimos meio mundo em Caravelas, tambem conseguimos conduzir essa casquinha de noz!". O dono da embarcacao acede. Mas diz para ligamos de Cuba, se por acaso lá formos parar!

Fazemos contas de cabeca. 70 USD por cabeca... huumm... É caro, mas que se lixe! A vida é só uma e nao voltamos aqui tao depressa! Fazemo-nos ao mar! Ó diacho! Isto parece mais fácil nos filmes! El Capitain Azevedo assume os comandos do leme, e depressa adquirimos velocidade. O problema é fazer com que a embarcacao se dirija para onde queremos! 25 minutos de zigues e outros tantos de zagues, e já lhe tomámos o jeito. Parecemos criancas, aos saltos e aos gritos, cantanto cancoes de piratas e planeando abordar um cruzeiro ancorado a 800m. Diversao pura para estes piratas de agua doce. Valeu o dinheiro todo! 1H passada e voltamos. Soube a pouco. Terra a vista, Capitain!", alguem grita. Saltei para terra e tomei posse da mesma em nome do rei da da coroa de Portugal. Dois indigenas (JR e Joe) estavam em terra a apanhar sol. Tentei trocar umas contas de vidro por ouro e especiarias, mas nao se revelaram interessados. Puf.. Indios primitivos.... talvem deiam bons escravos...



Passamos o resto da tarde a apanhar sol e a ouvir musica (caribe) no bar de praia local. Estendemos as hamacas na praia, mesmo em frente a agua, jantamos num quiosque e deitamos-nos por esta hora, a que escrevo, ao som de grilos e cigarras. Eu e o Romero ainda arranjamos tempo para umas fotos da estupenda noite de luar.



Amanha o sol nasce mesmo em frente as hamacas. Talvez tenhamos boas fotos. Insha'la!

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Belize

Saimos de Placencia logo pela manha, assim que apareceram os primeros raios de sol. Placencia, é uma pequena vila costeira, balnear, com praias de areia branca e aguas cristalinas, que fica no fim de uma imensa península que corre paralela ao continente. A estrada que lhe dá acesso esta em obras, e sao mais de 30kms de pó e terra para chegar de novo a estrada de asfalto principal que da' acesso ao norte do Belize.

Pelo caminho um pequeno contratempo: a corrente da transmissao do Joao Rodrigues, já um bocado larga com tanto buraco e vala, salta em pleno andamento. Felizmente foi só o susto, porque a roda bloqueou, mas ele lá conseguiu segurar a montada sem cair. Depois de esticada, lá seguimos viagem ate Corozal, a norte, já perto da fronteira com Mexico.



Um pouco mais a frente, apanhamos mais uma longa pista de terra batida. Esta faz-nos lembrar as grandes pistas africanas com selva cerrada de ambos os lados. Apesar da dificuldade e dureza apresentada pelo terreno, é aqui que nos divertimos mais (ou nao fossemos do Nomad's!).



Ao fim da tarde encontramos uma barraquinha de venda de agua de coco. Saciamos todos a sede enquanto damos conversa a um esfusiante personagem negro meio alcoolizado, chamado Chris Cross. Vem de um funeral, diz ele. Um amigo foi assassinado, deixaram-lhe um buraco enorme na cabeca e cortaram-lhe uma perna com uma catana. O Belize já nao é o que era dantes, diz ele. Agora sao outros tempos e é muito perigoso. Despedimos-nos do Chris, que ainda grita "Yo Mon, One Love! I love Bob Marley, Mon!", e seguimos para norte para Corozal.

Corozal tem pouco encanto. Uma pequena vila degradada cujo unico interesse é a diversidade de etnias a viver em conjunto sem problemas. Existem muitos chineses, o que é estranho para esta parte do mundo, mas podemos ver restaurantes, lavandarias e até net-cafés chineses por todo o lado. Ficamos no primeiro hotel que vimos. Nao era caro e era apresentável.

Sao 6 horas da tarde, já está escuro e parece nao haver nada aberto, nem nada para fazer. Fomos dormir. Acho que já há muito tempo que nao me deitava tao cedo (se é que alguma vez me deitei a essa hora).

quarta-feira, 3 de março de 2010

A travessia do Golfo do Mexico

Tomamos um pequeno almoço fenomenal no restaurante por cima das aguas do rio. Sao quase 9 horas e chegaram as 2 lanchas. São pequenas e tem bancos para transporte de passangeiros.

São precisos 5 homens para meter as motos uma a uma dentro das lanchas. Algumas ficam com a roda de fora, outras com a traseira. No fim, ficam 3 motas por lancha.



Acabada a operacao carrega-se a bagagem e equipamento pessoal, e ala que temos de nos apressar. Ainda temos de passar em Livingstone e o mar tem tendencia a ficar picado com o passar das horas.



As lanchas deslizam pelas águas transparentes do rio Dulce, e passamos pelos primeiros mangais. A paisagem é deslumbrante. Pelicanos fazem voos razantes no rio, e corvos marinhos mergulham atrás de pequenos peixes e Garças descansam nas grandes árvores das margens. Toda esta zona parece fervilhar de vida. A selva aqui possui uma altura já de si impressionante, é verde e cerrada não deixando vislumbrar nada para o seu interior. Apenas se veem algumas casas de colmo, autênticas casas de luxo, com iates a porta nos ancoradouros. Este é um lugar para se viver que incita a inveja a qualquer um.



Meia hora mais tarde saimos do rio e entramos no mar do Golfo do Mexico. Aqui as ondas revelam-se grandes e ameacadoras. Por duas ou tres vezes ainda temi que a casquinha de noz se virasse e fossemos todos parar ao fundo. Mas no final, foi apenas o susto. Tudo correu bem e la chegamos a Livingtone. Livingtone é uma terra atipica desta região. Em vez de maias, a etnia dominante é negra. São descendentes directos dos escravos que foram libertados das ex colónias britanicas. É uma cidade pacata e simpática. Almoçamos, levantamos dinheiro para pagar as lanchas e carimbamos a saída da Guatemala nos Passaportes.

Depois de almoco, seguimos viagem e lá chegamos ao nosso destino: Punta Gorda - Belize.
Mais uma operação demorada para retirar as motas das lanchas, alfandega e seguimos viagem.

Estamos neste momento a norte de punta gorda numa praia paradisiaca de águas azuis e praia branca em frente ao mar.



Vida difícil esta de explorador... uf...

terça-feira, 2 de março de 2010

Tikal - A grande Metrópole Maia

Hoje decidimos acordar cedo, por volta das 6 da manha para podermos apreciar o nascer do sol e o acordar da selva. Dirigimo-nos a entrada das ruinas e pelo caminho já com os primeiros raios de sol a aparecer por cima das copas das arvores da selva, começamos a ouvir algo. Primeiro um passaro, depois outro, um macaco, um coati, e aos poucos toda a selva parecia acordar num chilrear impressionante. Tikal encontra-se no coraçao da selva guatemalteca, dentro de um parque nacional. Os acessos estao bem cuidados e veem-se varios funcionarios varrendo as folhas e pequenos ramos, de modo a que tudo tenha um ar cuidado e agradavel.



Tikal foi um dos maiores centros populacionais e culturais da civilização maia. Já no século IV a.c. se iniciava a construção da sua arquitetura monumental mas as estruturas que hoje lá se vêem provêm do período clássico, que ocorreu de 200 d.C. até 850 d.C.. Depois desta data nenhum grande monumento foi construído; coincidindo com esta data depósitos que comprovam ocorrência de incêndio em alguns palácios usados pela elite da cidade. Deste período em diante se inicia o gradual declínio de sua população até o seu abandono total por volta do século X d.C.


O nome " Tikal " quer dizer "Lugar de Vozes" ou "Lugar de Línguas" na língua maia. Entretanto, a designação do nome antigo da cidade mais comum que se extrai dos hieroglifos a designam como Mutal ou Yax Mutal, que significaria "Pacote" ou "Pacote Verde", e talvez metaforicamente "Primeira Profecia". Estudiosos estimam que, no seu auge, a cidade tinha uma população entre 100000 e 200000 habitantes.



Tikal dominava as terras baixas dos maias, mas estava freqüentemente em guerra. Várias inscrições dão conta de muitas alianças e guerras com outros estados maias vizinhos, dentre os quais Uaxactun, El Caracol, Naranjo e Calakmul.



As ruínas de Tikal são consideradas Património da Humanidade e podem ser visitadas pelo público. O sítio foi usado como paisagem de fundo na cena da base dos rebeldes do filme Star Wars.

Por volta do meio dia ja estavamos de volta ao hotel. Arrancamos logo a seguir ao pequeno almoço que o dia se adivinha quente. A estrada é excelente e faz-se a bom ritmo. Seguimos para sul em direcçao as Honduras com intençao de visitar Copan.

Ao fim da tarde chegamos a Isabal, Puerto Dulce. Encontramos uma pequena pousada palafitica ), erguida em estacas sobre o rio.



A vista é de perder a respiraçao, as aguas sao limpidas e quentes. Estamos todos num quarto unico com beliche tambem sobre a agua. Em frente ao restaurante do hotel alguns pescadores lançam as redes na esperança de apanhar algo para comer.




Estamos a tentar alugamos 1/2 lanchas para atravessar o Golfo do México com as motas passando por Livingston, em direcçao ao Belize. Amanha se verá.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Bonampak

Acordamos cedo e fomos ver as ruinas de Bonampak. Estas por estarem fora das rotas turisticas e por se encontrar no meio da selva nao tem quase turistas nenhuns.
A entrada esta um indio Lancadone que se oferece para ser o nosso guia. Negociado o preço (+/- 20euros) leva-nos a bilheteira para comprar-mos os bilhetes. Os indios cobram pelo servico de transporte ate as ruinas em carrinhas tipo as famosas VW "pao de forma". É interdito o acesso a motos e carros ate as ruinas.

Bonampak é um dos mais importantes sítios arqueológicos da cultura maia.

O sítio é mais conhecido por suas pinturas nas paredes das salas do templo representando rituais de sacrifício. Alguma das pinturas estao em excelente estado e conservacao e (do melhor que temos visto ultimçamente). Só por esse facto vale a pena a visita A remota Bonampak.

A comparação destas pinturas possibilitaram a descoberta de que os Maias, ao final do seu império, praticavam sacrifícios com uma frequência muito maior e também com um número de vítimas muito superior ao que praticavam anteriormente.

Veem-se cenas de batalha, tortura dos prisioneiros de guerra, e outras cenas do quotidiano maia.


Depois da visita seguimos em direccao a Tikal, a maior cidade maia da guatemala.
A meio da tarde deparamo-nos com um grande rio de aguas rapidas. Nao havia ponte ha vista, mas havia umas pequenas lanchas de madeira a motor. Depois de pago o bilhete, passamos a logistica de carregar as motos nos barcos.



Passados 30 minutos lá estava uma mota em cada barco, metida em maos, e la seguimos rio acima entre rapidos e correntezas. 30 minutos mais tarde estavamos a descarregar as motos na Guatemala. Aki a poucas estradas e fizemos muita pista. Ja chegamos tarde a Tikal, ficamos no melhor hotel do sitio, e amanha fazemos a visita.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Palenque

Saimos de palenque bem cedo e fomos visitar as ruinas.

Palenque (que em maia quer dizer Cidade Paliçada) é um sítio arqueológico situado próximo do rio Usumacinta, no estado mexicano de Chiapas, 130 km a sul de Ciudad del Carmen. Trata-se de um sítio de média dimensão, menor que Tikal ou Copán, que no entanto contem alguns dos melhores exemplos de arquitectura, escultura e baixos-relevos produzidos pelos maias.

As ruínas são formadas por um conjunto de cerca de 500 edifícios que ocupam uma extensão de mais de 15 km.

Acredita-se que a civilização maia de Palenque era originalmente liderada por mulheres. Estudos revelam que as ruínas do Templo de La Reina Roja são bastante mais antigas que as do palácio do Rei Pakal, descoberto em 1950. Junto às ossadas de La Reina Roja foram encontrados anéis, colares, brincos e braceletes, além de uma máscara e uma tiara, ambas feitas de jade.



Depois de uma visita de cerca de Hora e meia seguimos viagem a Bonampak. Aqui começam as primeiras pistas de terra. O terreno é muito difícil a progressao faz-se muito devagar. Ha muitos buracos e nao podemos correr riscos. Passado 2H, a pista leva-nos ao asfalto e o ritmo sobe um pouco, e chegamos a Bonampak. Em Bonampak existem algums acampamentos dos Indios Lancandones. Diz-se que estes, sao os que ainda detem algum da antiga cultura maia porque conseguiram fugir aos conquistadores espanhois, entrando no coracao da selva. Infelizmente só restam apenas 800. A sua cultura vai se perdendo com o tempo.

Existem alguns eco-acampamentos geridos por estes. Ali, alem de alojamento em cabanas tipicas, os turistas encontram servicos de guia na selva e nas ruinas. Escolhemos um com aspecto agradável e instalámos-nos. Mais tarde convencemos a cozinheira a deixar o Joao Rodrigues fazer o jantar.



Peitinhos de Frango com arroz, fez as nossas delicias e da cozinheira india que jantou conosco na mesa. Mais um pequeno Briefing antes de dormir e cama.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

San Cristobal

Acordamos cedo. Dirigimo-nos a sala dos pequenos almocos, onde uma longa mesa de quase 10 metros nos espera.



Enquanto esperavamos um típico pequeno almoco continental, alguns indigenas da raca Lacandones juntam-se a nos para comer. Estes deslocaram-se a San Cristobal com alguma frequencia para vender o seu artesanato e aproveitam o apoio que é cedido por esta organizacao. Estes revelam-se muito simpaticos e faladores. Diz-se que os Lacandones sao um dos poucos povos que ainda retem muita da cultura maia perdida ao longo dos seculos.

Depois do pequeno-almoco, partimos para nordeste em direcção a Palenque. Mais uma vez temos de subir a mais de 2000 metros e a estrada é igualmente sinuosa. A meio da tarde encontramos o desvio para a cascata "água azul". Apesar de pouco imponente, esta impressiona pela cor das suas águas, um azul marinho quase branco e cristalino.

Depois de almoco seguimos viagem para a cascata Misol-ha. Esta sim. Es imponente com quase 30 metros de altura, e um envolvencia de perder a respiracao. Apos um banho refrescante e seguimos viagem para Palenque, onde ficamos num hotel chamado "Shalom 2". Jantar e cama, que amanhã vamos ver o sitio arqueológico de Palenque, um dos mais antigos do Yucatao.

El Canon del Sumidero

Dormimos em Tapilula. Esperava-nos uma manha fria e humida. Comecamos a subir a montanha com algum cuidado pois uma neblina cerrada e fria, obrigava-nos a uma progressao cautelosa e lenta. As curvas sinuosas sucedem-se, e a visibilidade é quase nula. Lentamente subimos aos 1800 metros e subitamente numa curva apertada passamo para o lado sul da montanha e o sol aparece radiante, e quente. Foi quase uma hora ao frio e o calor sabe-nos a pouco.

A montanha dá lugar a uma planicie verde, e rapidamente aceleramos o ritmo ate Chiapas de Corzo, onde vamos tentar ver o Canon del sumidero. O Canon del sumidero e' um desfiladeiro com mais de 1000 metros de altura, com algumas formacoes rochosas interessantes e algumas cascatas. É tambem habitado por grandes crocodilos e aves de rapina.

A visita foi feita numa lancha rapida , e foi muito interessante. No fim fomos presenteados com um por do sol magnifico, de tons quentes, acompanhado de uma brisa suave de fim de tarde.

A noite espreita, e temos que nos fazer á estrada, porque de noite por estas paragens é muito perigoso viajar.

A estrada é sinuosa e apesar do ritmo rápido já chegamos tarde ao San Cristobal. O hotel onde vamos ficar é uma hacienda do início do seculo, onde se instalou um casal nos anos 50 (ele topógrafo e ela fotografa), que decidiu montar uma organizacao de apoio aos indígenas locais, enquanto exploram as ruinas maias locais. Estes sao os verdadeiros exploradores, os autenticos indiana jones desta zona do Yucatao.





O hotel é suberbo, e os quartos, todos diferentes. parecem saidos de um conto de fadas, rusticos, com lareira, e decorados com extremo bom gosto. Conta ainda com um museu, restaurante e uma pequena loja de comercio justo onde os indígenas vindos da selva vem vender o seu artesanato.

Jantamos comida típica, e recolhemo-nos porque o dia foi comprido. Ainda há tempo para lavar alguma roupa e secá-la na lareira, mas o cansaco instala-se, e vamos dormir.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Uxmal - A Poderosa Metrópole

Hoje o dia promete. Acordámos bem cedo e dirigimo-nos à entrada de Uxmal. Aí Tomamos um excelente pequeno almoco num hotel de luxo nas imediacoes das ruinas. Nesse mesmo sitio acabamos por conhecer o Jorge, um guia local, que se revelou a altura, revelando-nos todos os segredos do local ao longo de uma visita de quase 2H.

Uxmal é um dos mais conhecidos sítios arqueológicos Maias e é considerada uma cidade típica deste povo. Com uma população estimada de cerca de 25.000 pessoas, foi uma das maiores cidades do Iucatão. A disposição dos edificios, que datam entre 700 e 1000, revela conhecimento de astronomia.

Entre os seus tesouros encontram-se a Pirâmide do Mágico, uma estrutura de quase 40 metros de altura, e o Quadrilátero das Freiras, assim chamado por se assemelhar a um pateo de um convento catolico.

Uxmal foi fundada por volta de 500 por Hun Uitzil Chac Tutul Xiu. Durante gerações Uxmal foi governada pela dinastia Xiu, era a cidade mais poderosa no oeste do Iucatão, e por pouco tempo em aliança com Chichén Itzá dominou toda a área norte maia. Algum tempo depois de 1200 (alguns anos depois da formação de Portugal) mais nenhuma grande construção foi feita em Uxmal, possivelmente relacionado com a caída da aliada de Uxmal, Chichén Itzá e a mudança do poder no Iucatão para Mayapan. Os Xiu mudaram a sua capital para Maní e a população de Uxmal caiu. A seguir à Conquista Espanhola do Iucatão (na qual os Xiu se aliaram com os espanhóis), documentos coloniais sugerem que Uxmal foi um sitio habitado com alguma importância até à volta de 1550, mas nenhuma cidade espanhola foi aqui construida e depressa Uxmal foi abandonada.




Uxmal impressiona pela sua dimensao e tipo de decoraçao das estruturas. Ao contrario do que vimos em Chichen Itza, aqui tudo e trabalhado e nada e feito ao acaso. Todas as decoracoes tem um proposito, representando varios conceitos maias com o inframundo (o nosso inferno), o supramundo (o nosso paraiso), os os deuses da chuva, do vento, e da fertilidade.


A maior parte dos edificios tem uma orientacao aos pontos cardeais, e por esse facto, o povo sabe quando a altura das colheitas ou das chuvas por observacao da sombra de um dado edificio sobre o outro (normalmente a 21 de Março e a 21 de Novembro, quando se dao os solstícios).

Na minha opiniao, Uxmal e de longe, muito mais bonito e imponente que Chichen.
Saídos de Uxmal, dirigimo-nos para a Costa, onde almoçamos uma mariscada numa esplanada em frente ao golfo do méxico, na companhia de Albatrozes e Corvos Marinhos.

Ao entardecer encontramos uma praia edílica onde decidimos ficar. A paisagem é de suster a respiracao. Palmeiras fazem sombra numa areia branca forrada de pequenas conchas.




No mar, de águas límpidas e transparentes, Albatrozes e Corvos marinhos disputam os pequenos peixes com algumas tartarugas marinhas.




Com o pôr do sol como cenário, tomámos um banho de mar fantástico, e de seguida esticamos as hamacas onde dormimos até ao dia seguinte. De manha fomos presenteados, com um sol radioso, e com um chilrrear tipico de uma floresta amazonica.





Depois do pequeno almoco, partimos para sul.. e ... apanhamos chuva durante as 8 horas seguintes, a temperaturas que atingiram os 7º. Ao fim da tarde encontramos um hotel numa pequena cidade, onde vamos pernoitar. O Joao acabou por comprar um par de galochas (a falta de barbatanas).

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Chichén Itzá - Uma das 7 Maravilhas do Mundo

Chegamos a Chichén Itzá. O tempo está nublado, o que ajuda bastante ao percorrer toda a área deste sítio arqueologico

Chichén Itzá (do iucateque: Chi'ch'èen Ìitsha) é uma cidade arqueológica Maia que funcionou como centro político e económico da civilização maia. As várias estruturas – a pirâmide de Kukulkán, o Templo de Chac Mool, a Praça das Mil Colunas, e o Campo de Jogos dos Prisioneiros – podem ainda hoje ser admiradas e são demonstrativas de um extraordinário compromisso para com a composição e espaço arquitetónico. A pirâmide foi o último e, sem qualquer dúvida, o mais grandioso de todos os templos da civilização maia. O nome Chichén-Itzá tem raiz maia e significa "na beira do poço do povo Itza".

Estima-se que Chichén-Itzá foi fundada por volta dos anos 435 e 455. Foi declarada Património Mundial da Unesco em 1988.


Chichen Itzá ganhou proeminência regional em aproximadamente 600 A.C, ams foi no final dos século clássico que tornou-se um grande centro político regional. A ascensão de Chichen Itzá está relacionada ao declínio de outros centros regionais das planícies do sul do Iucatão, como, por exemplo, Tikal.
Algumas fontes etnográficas afirmam que em 987 um rei tolteca de nome Topiltzin Ce Acatl Quetzalcoatl dominou esta regiãpo com o apoio de algumas tropas maias e fez de Chichén Itzá a capital, juntamente com Tula Xicocotitlan. A paritr de então houve uma aglutinação entre os estilos arquitetônicos do povo maia e dos toltecas. A arte ea arquitetura desse período mostra uma mistura interessante de Maya e estilos tolteca. Alguns estudiosos afirmam que neste período a rtegião não fora liderada por um único governante, mas por um conselho formado pelos mais notórios cidadãos. Entretanto, recentemente esta teoria vêm sendo menos apontada pelos historiadores durante as pesquisas sobre a origem de Chichén Itzá.


Durante a era de ouro de Chichén Itzá, a cidade experimentou um período de forte crescimento econômico e tornou-se o centro financeiro de Iucatã. As rotas de comércio possibilitaram a extracção de ouro e outros recursos minerais para a região.


Segundo o Chilam Balam a cidade foi conquistada por Hunac Ceel no século XIII. Hunac Ceel propôs a sua ascensão ao poder e controle da região. Na época as crenças maias distinguiam dolinas chamadas de Cenotes Sagrados e durante algumas cerimônias indivíduos eram lançados nestes Cenotes. Se algum indivíduo sobrevivesse, este era considerado de linhagem sagrada. Mas, durante uma das cerimônias não houve sobreviventes e Hunac Ceel se auto-proclamou rei de Chichén Itzá.
Embora existam algumas evidências arqueológicas que indicam que Chichén Itzá foi salteada, algumas fontes históricas provam que a região não poderia ser atacada por ladrões. A questão está envolvida em um grande enigma arqueológico até os dias atuais.

Após o período de ouro, acredita-se que Chichén Itzá entrou em declínio, mas alguns estudiosos sugerem que a região não fora completamente abanonada, já que os cenotes foram usados como local de pregrinação durante o extermínio do povo maia.

Mais uma vez negociamos um guia (David). Este Sr. já com alguma idade mostra-se um autentico especialista em toda a cultura Tolteca/Maia, revelando muitissimos promenores relacionados com estas e outras ruinas. O sitio encontra-se cheio de gente. Paletes de turistas de todas as nacionalidades acumulam-se a entrada. Centenas de vendedores tentam nos vender o fruto do seu trabalho: estatuetas, lencos, colares, bolsas, T-shirts, tambores e mascaras rituais, mas o espaco na mota é reduzido e pouco ou nada se compra. Depois de cerca de 2H de explicacoes e muitas fotos, despedimo-nos do guia e voltamos as motas paradas no parque. Vai comecar a chover, temos que nos despachar.

Algumas horas depois chegamos perto de Uxmal. Vamos dormir num pequeno e modesto hotel, e estamos a jantar Tacos (para variar!). Amanha preve-se outro dia em grande...

Ek Balam - O imponente centro religioso

Ontem depois de Coba fomos pernoitar numa espécie de albergue comunitário, gerido pelas gentes de uma aldeia próxima de Ek Balam. Neste conceito de turismo, já nosso conhecido doutras viagens (e.g. Senegal), todos os lucros obtidos revertem em favor da comunidade que a gere, tornando possivel a contrucao de estruturas de apoio, de ambito civil e cultural.




As cabanas sao um mimo. Rústicas, com tecto em colmo, e com mosquiteiros em cima da cama. A noite revelou-se uma surpresa, com milhares de sons da selva envolvente. Pássaros, insectos, e todos os animais com hábitos noturnos da zona, criavam uma envolvencia sonora única. Ainda demos uma volta de bicicleta (cedida pelos locais em troca de alguns pesos), mas o cansaço venceu, acabamos por dormir cedo.

Hoje levantámo-nos e tomamos o café da manha numa cabana reservada para o efeito, e ainda tivemos tempo para subir a uma torre de observacao, onde ao longe se destacava o imponente templo de Ek Bakam.

Ek Bakam, que significa em Maia "O Jaguar Negro" é um importante sítio arqueológico perdido na selva, de grande importancia para a civilizaçao Maia. Era um centro religioso do periodo pre-clássico (1500 AC-200 DC) onde foram edificadas várias construcoes, entre as quais um templo, e um campo da bola maia.





Conseguimos negociar um guia (Jose) que nos orientou por todo o complexo. O templo e realmente majestoso e impressiona visto de qualquer angulo. So 55% do complexo foi escavado. Os arqueologos levarao outros 20 anos para escavar o que ainda esta soterrado por terra e vegetaçao acumulada ao longo de séculos de abandono. Mesmo assim podem ser observados esculturas e altos relevos do mais bonito que ja vi. Mais bonito ainda do que conhecia de Chichen Itza.





Depois da visita seguimos para Oeste em direccao a Chichen Itzá, uma das 7 maravilhas do mundo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Cobá

Finalmente chegaram as motas. Com um pouco de atraso em relacao ao previsto, mas parece estar tudo em condiçoes. Um pequeno almoco reforçado e toca a andar. Primeiro precalço do dia: Agarrei na minha nova montada fui experimentá-la para ver a sentia. Com a rua deserta, nao me apercebi que estava a andar na contra mao! Como seria de esperar, passados 100m já estava a ser mandado parar por um polícia. Desfaço-me em desculpas, que nao sabia, que nao havia transito, mas ele insiste em me autuar. De repente repara no GPS e pergunta: "o que é?". Explico-lhe o que é e para que serve. Afinal ele também já andou de mota, e só deixou de andar porque teve uma acidente sério. Dá-me um raspanete e deixa-me seguir.

Arrancámos todos em direcçao a Cobá e passados uns kilómetros encontramos um pequeno estabelecimento familiar que vive da apanha e venda de cocos.





A agua de coco sabe a pouco. O clima está abafado, e estava tudo a precisar de fluidos.

O Fernando descobre uma fuga de oleo na sua Susuki DR. Mas tudo fica resolvido com as maos mágicas do mestre Joao Rodrigues.





Estamos neste momento em Cobá.
Cobá é uma grande cidade pré-colombiana em ruínas da civilização maia, localizada no Estado de Quintana Roo, Península de Iucatã no México.
A maior parte da cidade foi construída em meados do período clássico da civilização maia, entre os anos de 500 e 900 da nossa era. Após 1000, a cidade perdeu importância política, ainda que pareça ter conservado a sua importância simbólica e ritual, que lhe permitiu recuperar certa hierarquia entre 1200 e 1500, quando se construíram diversos edifícios já dentro do estilo “costa oriental”.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Chegamos! Playa del Carmen

Chegámos! Depois de um voo estremamente demorado e com passagem por Newark (USA), chegámos finalmente ao nosso destino.



Playa del Carmen é uma pequena vila balnear, com uma vida noturna semelhante a Ibiza. Pequenas avenidas cheias de vida, bares, discotecas, esplanadas e centros de mergulho. Ficamos num pequeno hotel rústico de nome Hacienda Maria Bonita.

Abrimos hoje uma sucursal da DGV no local e vamos proceder à emissao da nossa primeira carta de conducao. Isto tudo porque o Joao Rodrigues esqueceu-se da carta de conducao.



Estamos neste momento a fabricar o selo branco, para tornar a carta oficial (já fazia falta uma daquelas moedas de 25 escudos com a palavra républica portuguesa em relevo).

As motos chegam depois de almoco. Mais tarde iremos buscar o Joe ao aeroporto com as novas montadas.

Playa del Carmen (Xaman Há ou Pláaya em língua maia ) localizado no sudeste do México, ao sul de Cancún, situa-se dentro da zona denominada Riviera Maya. A cidade é banhada pelas águas do Mar das Caraíbas e sua principal actividade económica é o turismo. Esta última actividade gera também muito trabalho no sector da construção civil, a segunda actividade mais importante do município. É a terceira maior cidade do estado de Quintana Roo, a seguir a Cancún e Chetumal.





Na era pré-colombiana, Playa del Carmen chamava.se Xaman Há (Água do Norte no idioma maia) e era o ponto de partida dos maias em peregrinação ao santuário de Ixchel na ilha de Cozumel. O primeiro povoado moderno data do início do século XX quando ali se fixou uma comunidade de pescadores e produtores de coqueiros. Até meados dos anos 80, Playa del Carmen era uma pequena povoação com menos de 1500 habitantes, mas nas últimas décadas tem-se trasformado vertiginosamente ao ritmo do crescimento turístico.

E já amanhã!!

Já está quase tudo preparado. A ansiedade é muita. Faltam só os últimos preparativos do que se prevê ser mais uma aventura das antigas. São 6 os valentes que integram a expedição: Carlos Azevedo, Miguel Casimiro, Joe, Fernando Mendoza (Lagartija), Rui Romero e o grande João Rodrigues.

O Fernando chega hoje de Espanha. Amanhã de manhã embarcamos quase todos da Portela, excepto o Joe que sai directo da Alemanha (Munique).

Os nossos voos de partida são:

Depart: 10:25 Fri., 19 Feb., 2010 Lisbon, Portugal (LIS)
Arrive: 13:45 Fri., 19 Feb., 2010 New York/Newark, NJ (EWR - Liberty)
Flight: CO65
Aircraft: Boeing 757-20
Flight Time: 7 hr 20 mn

Depart: 19:02 Fri., 19 Feb., 2010 New York/Newark, NJ (EWR - Liberty)
Arrive: 22:10 Fri., 19 Feb., 2010 Cancun, Mexico (CUN)
Flight: CO1732
Aircraft: Boeing 737-800

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Fauna Típica do Iucatão

A fauna das península é característica do clima subtropical, principalmente influenciada pelas correntes marinhas quentes, sendo 42% das suas espécies endémica. Existem cerca de 450 espécies de peixes entre as quais se pode mencionar a barracuda, a garoupa, a moreia e diversas famílias de caraciformes.

Contabilizam-se 90 espécies de mamíferos nas Caraíbas. Dentro dos mamíferos nativos marinhos encontram-se o golfinho, o manati, e a baleia-jubarte como espécie migratória. Outras espécies, como a foca-monge-das-caraíbas extinguiram-se durante os últimos séculos devido à acção directa do homem.

Existem 500 espécies de répteis nas Caraíbas, das quais 94% são endémicas como a iguana-verde e a iguana-azul, endémica da ilha Grande Caimão (ambas em perigo de extinção), a iguana de Mona, endémica da Ilha de Mona (Porto Rico), a iguana-rinoceronte própria da República Dominicana, e o crocodilo-americano espalhado pelas ilhas das Caraíbas, América Central e norte da América do Sul (em perigo de extinção), assim como diversas espécies de tartarugas marinhas como a tartaruga-de-pente.

A fauna de que dispunham os povos mesoamericanos não era facilmente domesticável. Muitos milénios antes do início da civilização na Mesoamérica, as principais espécies de mamíferos passíveis de serem domesticados haviam desaparecido devido à caça excessiva. Foi este o caso do cavalo e de algumas espécies bovinas. Este facto explica por que os povos desta região não tinham animais de carga e por que a civilização mesoamericana era exclusivamente agrícola.